Comemorar tem sentido grandioso. Deixa visível alegria expansiva e contagiante por algo relevante, agradável, significativo para nossa vida. Amplamente percebe-se sentidos maiores. Os efeitos pessoais podem atingir contornos sociais, econômicos, culturais e ambientais, ganham ares difusos, regionais, continentais, globais e universais, desaguando na COP30.

Salve 22 de março  de 1992, quando a ONU estabeleceu o Dia Mundial da Água. A iniciativa veio destacar que as grandes questões da vida estão relacionadas com a água. Temos direitos e obrigações a promover para manter todas as formas de vida. Não queremos sobrevivência qualquer, mas vida digna que atenda pelo menos os direitos fundamentais. Para isto devemos conviver em harmonia com todas as outras formas de vida, agir com consciência crítica e criativa, reconhecer que somos fortes e corajosos quando atuamos juntos, superando fragilidades e imperfeições. Ninguém vive sozinho, precisamos uns dos outros, e todos dependemos substancialmente da água. Nos sentimos bem num ambiente ecologicamente equilibrado, saudável, onde nasce e corre água de qualidade. Ela tem importância essencial, transcendental, principal, estupenda, prodigiosa e sobrenatural. A criação, evolução e renovação de todos os ciclos de vida na Terra dependem dela. Os sonhos, os ideais, os objetivos, as lutas, os combates e enfrentamentos ganham sentidos e significados nela. Dá-me água de beber, e viverei em paz. Queremos que o desenvolvimento não polua as águas.

Nesse sentido adverte-se para que todos meditem, analisem e entendam melhor as conexões e interconexões que relacionam a água com a existência de todas as formas de vida na Terra. Estamos juntos neste belo Planeta. Mas as agressões, agravos e falta de cuidado vão alterar o equilíbrio ecológico da Terra, e a lei do retorno é inafastável. Todas as formas de vida se sujeitarão aos efeitos que se mostram severos, produzidos por gigantescas ordens que regem colossais elementos físicos e químicos em reações universais, onde somos tais grãos de areia.

É urgente unir forças na Amazônia para evitar a poluição deste paraíso das águas. A verdade que liberta é a mesma que condena. Não há solução na neutralidade. Lute no trabalho, na fazenda, sítio, casa e apartamento contra a poluição das águas. Melhores condições de vida virão com águas saudáveis, em quantidade e qualidade, num ambiente onde todos tenham iguais oportunidades de construir sonhos de amor e felicidade. A omissão é o pior dos pecados. Mãos à obra em prol da dignidade de todos, presente  s e futuras gerações.

Santarém, Pará, 22 de março de 2024.