A castanha do Brasil é considerada uma das árvores mais nobres do bioma amazônico e tem importância social, ecológica e econômica nesta região. O estudo da variância espacial das propriedades edáficas em árvores de nozes nativas pode direcionar pesquisas futuras sobre amostragens mais eficientes. A geoestatística é a metodologia utilizada para este tipo de estudo, uma vez que considera as características estruturais e aleatórias de uma variável espacialmente distribuída. Este trabalho procurou obter um maior conhecimento sobre a distribuição dos nutrientes no solo, verificando a relação com a ocorrência desta espécie, para assim subsidiar o futuro manejo florestal e manutenção / ampliação da produtividade nessas áreas. As amostras de solo foram coletadas de 30 × 30 m na linha, em todas as linhas em parte do estudo, totalizando 60 amostras. Todos os pontos foram georreferenciados. A preparação das amostras para a preparação da amostra para a análise química e os métodos e cálculos para determinar as variáveis fisicoquímicas estudadas foram descritos por Nogueira e Souza (2005). A análise estatística e geoestatística foi realizada utilizando o ambiente computacional R, versão 3.2.2. A maioria das variáveis estudadas apresentou nível definido. Para as variáveis físicas, houve predominância do ajuste ao modelo do variograma gaussiano, seguidor pelo modelo esférico. No caso das variáveis químicas, houve duas ocorrências para cada modelo de ajuste (esférico, exponencial e gaussiano). As variáveis que melhor apresentaram relação espacial com a ocorrência de árvores de castanha do Brasil foram o limo, argila, macroporosidade, pH, fósforo, zinco e cobre.